CÂMERA ESPIÃ #11 - MURIZZZ, DA PAIN GAMING
Pró-ativo, líder e apenas um objetivo: ser o melhor. As características definem alguém que não entra para perder e é assim que Murillo "murizzz" entra no servidor todos os dias. Aos 21 anos, o duelista da paiN Gaming experimentou o gosto do sucesso, do fracasso e segue focado em estar sempre no topo.
A migração de murizzz foi um processo natural e inevitável, em busca de mais segurança e oportunidades. A história dele e da organização se confundem no jogo. Logo nos primeiros dias de lançamento, o jogador estava em conversas com a paiN.
“Eu já vinha prestando atenção e pensando em mudar para o Project A (na época). Eu já estava em contato com a paiN desde o primeiro dia de lançamento do jogo, nessa perspectiva de competir, de investir”, lembrou.
O projeto da paiN foi encabeçado por murizzz, que escolheu a dedo as peças que queria reunir em um time competitivo. A junção de pessoas de confiança e jogadores com a experiência necessária foi o suficiente para a equipe entrar nos eixos rapidamente.
“A paiN me deu liberdade para montar a equipe. Logo de cara comecei com o ole, que conhecia de outros jogos. Me dei bem com o Txozin, desde o começo do VALORANT, faz bem tudo o que o time precisa. Outra ideia é que faltava um pouco de experiência em FPS tático, foi aí que me encontrei com kon4n e matheuzinho, que sempre mandaram muito bem. Em dois ou três dias de teste, sabíamos que era a line”, contou.
A classificação para o First Strike foi o momento mais marcante de 2020, mas não apenas para a paiN. Pisando pela primeira vez nos estúdios da Riot, murizzz sentiu a conexão de quando jogava League of Legends, sete anos atrás.
“Foi muito emocionante, eu joguei LoL lá no começo, quase cheguei a ser profissional, mas tinha 14 anos. Quando eu pisei na estrutura dos estúdios da Riot eu comecei a chorar, fiquei muito emocionado, foi uma experiência única na minha vida”, afirmou.
A pouca idade impediu que ele realizasse o sonho de ser profissional no League, mas isso não impediu murizzz de seguir sonhando com os esports. Anos depois, o local que ele só via nas transmissões, agora seria seu local de brilhar.
“Fiquei refletindo quando percebi onde eu estava. Desde os 14 anos era o que eu queria para mim. Parei de jogar pela questão da idade e nunca imaginei que 7 anos depois eu estaria ali naquele lugar como jogador, foi incrível”, finalizou.
Dos grandes times do Brasil, a paiN com certeza foi um dos que mais mudou. Da equipe finalista do First Strike, passaram Vinicius "Veroneze" que acabou substituído, enquanto Pedro "ole" sofreu com lesões e André "Txozin" deixou o competitivo por questões pessoais.
“A gente tinha um time competitivo, mas ao mesmo tempo limitado. Estávamos com dificuldade de executar as funções. Com o Veroneze eu acabei abdicando da Jett e abracei o Sova e deu muito certo, mas a gente não considerava o ideal para a equipe. Preferimos voltar para o core e ele não encaixou. Com o ole foi na época que ele estava sofrendo com a tendinite, tivemos um desgaste neste sentido e foi difícil a equipe dar o 100%. Sabíamos que seria um período de adaptação”, relembrou.
Se tem uma coisa que não atrapalha a paiN, com certeza é o senso de urgência. A equipe sofreu durante a Etapa 1 e conseguiu na última Fase seu acesso ao Masters. Agora na Etapa 2, a equipe caminha para tentar repetir a história rumo à Final brasileira. Apesar do momento, o jogador elogia a mentalidade do time.
“Com certeza é frustrante. Tivemos o problema de saúde do PEPA na Fase 1, a mudança do ryotzz para capitão na Fase 2, então quando acontece de cair nas Md1 é bem frustrante, mas ao mesmo tempo por já ter passado por isso, não afeta tanto. Acho que sabemos lidar bem com isso e é um dos fatores que nos ajudam a passar sempre na terceira fase”, afirmou.
No Masters Regional os tradicionais passaram com certa facilidade pela VORAX, mas enfrentaram um gigante na semifinal: a Team Vikings. Após um primeiro mapa bastante competitivo, a VKS fez 13-1 e despachou a PNG. Sobre o adversário, murizzz ressalta a consistência.
“Acho que eles estão um passo à frente em relação a estrutura e fundamentos do time deles, sabe? Teamplay, sinergia, fazer o que precisa ser feito. Os times sabem fazer isso, mas não conseguem implantar dentro de jogo de maneira sólida como eles. Conseguimos mandar bem no primeiro mapa, mas no segundo eles tinham um plano setado, como abusar das nossas brechas e não conseguimos fazer nada”, comentou.
O circuito aberto do VALORANT Challengers Brazil tem mostrado que organizações não são mais uma garantia. Com tantos times “mix” chegando forte, as grandes equipes não podem vacilar um instante. Murizzz considera que essa “pressão” iguala as coisas, porque ao mesmo tempo que pressiona, também traz um peso e respeito dos adversários.
Em mais uma Qualificatória aberta, esse poderia ser o fim da linha para a paiN Gaming e o sonho da Islândia cancelado. Murizzz reconheceu que esse “ultimato” transformou a preparação da equipe nas últimas semanas.
“Dessa vez foi diferente, vimos que a água estava batendo mais perto (risos). Todos os times ali estavam muito fortes. Conversamos que aquele era o momento, mudamos nossa forma de trabalhar, levamos muito mais a sério. Passamos uma semana que pareceu um mês de treino”, garantiu.
A estreia acontece logo menos, na segunda Md1 do dia contra a Folouers (ex SEMORGAINDA), equipe que debutou no circuito na Fase 2. Sobre o adversário, murizzz tem confiança no jogo de sua equipe para avançar.
“Eu acho que eles tem um estilo bem de pug, de ranqueada. É um time com muito potencial individual, podem fazer uma loucura e virar um jogo. Temos que ter muita atenção, focar no nosso jogo e não errar”, previu.
Assista a murizzz na Super Semana do VALORANT Challengers Brazil
Para assistir à paiN de murizzz e a todos os outros times do VALORANT Challengers Brazil, fique ligado nos nossos canais da Twitch, YouTube e agora também na Nimo TV. A Super semana começa nesta sexta-feira (23) e vai até segunda-feira (26), com as partidas começando sempre às 19h.