CÂMERA ESPIÃ #12 - KRAIN, DA HAVAN LIBERTY

Confiante e companheiro. Duas características quase imprescindíveis para um jogador de VALORANT e ambas servem para conhecer sobre Gustavo "krain" Melara, nova contratação da Havan Liberty para o VCTBR. O jogador que pertencia à Vorax chega prometendo versatilidade e está disposto a fazer o que for preciso para conquistar as vitórias.

A história de krain é muito semelhante à de muitos jogadores: em 2015, ele jogava futebol, com passagens nas categorias de base de Cruzeiro e São Paulo, até que uma lesão mudou completamente sua perspectiva.

“Em 2014/15 eu jogava futebol, joguei no Cruzeiro, no São Paulo, mas não era a mesma sensação. Conheci os jogos quando quebrei meu joelho. Meu pai me perguntava se não ia voltar para o futebol, mas eu não queria. Foi uma paixão logo de cara, nunca tinha sentido isso antes”, lembra.

Foi perdendo uma oportunidade no esporte que ele conheceu os jogos que abriram novos caminhos. Aventurou-se em jogos FPS como CS e Black Squad, mas foi no VALORANT que teve sua primeira oportunidade de competir.

“Joguei outros FPS, mas nunca consegui muito espaço neles. Foi então que o VALORANT chegou com as portas abertas, foi maravilhoso. Tive oportunidades com a Bottom Fraggers porque já conhecia o fzkk. Não sei o que ele viu em mim, mas lembrou e me chamou. O VALORANT me proporcionou algo que nenhum jogo proporcionou, consegui logo de cara ter o que eu procurei minha vida inteira”, exalta.

Com a chance da vida nas mãos, krain não decepcionou. Formou a Bottom Fraggers, uma equipe que chamou bastante a atenção no início do cenário e por um bom tempo ocupou as primeiras posições na discussão sobre o melhor time do país. O começo, porém, não foi simples assim.

“Nosso início da Bottom Fraggers tinha muitas brigas, a gente não se entendia muito bem. De uma hora para outra, mudamos o método, paramos de brigar, e o time decolou. O ambiente ficou muito bom, começamos a ganhar de todos os times e foi justamente na nossa transição para Fusion Fraggers”, lembra.

A entrada na Vorax era promissora, porém a equipe nunca chegou a alcançar o que se esperava. Sempre tida como uma das favoritas, teve um surto de COVID-19 às vésperas do First Strike, além de um problema de pedra nos rins, que tirou krain do Masters Regional, em março. Tudo isso contribuiu para o time não conseguir ter sequência.

“Eu acho que começamos a 'desandar' desde o First Strike e os casos de COVID-19, a questão do round refeito após a queda dos jogadores e até o meu caso de pedra nos rins na véspera do Masters Regional. Tudo isso foi muito impactante na nossa campanha, nossa vivência, então foram várias coisas que atrapalharam o processo”, relembra.

(Foto: Bianca Ferreira/Havan Liberty)

Com a fusão das organizações Vorax e Havan Liberty no CBLOL, apenas uma das duas lines seguiria no VALORANT. Com a permanência da HL, krain acabou convidado e topou o desafio. Para ele, a possibilidade de fazer novas composições ajudou na sua chegada, embora considere seu time bem altruísta na questão de agentes.

“Eles queriam poder usar mais essas composições com dois iniciadores, dois controladores. Mas essa questão de funções nunca foi um problema, todo mundo sempre se dispõe a jogar com tudo, mente aberta para fazer dar certo”, garante.

Durante a Qualificatória Aberta, ele se mostrou bem mais que um Iniciador, fazendo também uma Jett e até mesmo uma Sage, já mostrando a versatilidade prometida. Sobre isso, ele diz não ter funções preferidas.

“Eu gosto de fazer tudo o que é preciso. Já joguei bastante de Reyna, mas não tenho função favorita. Jogo de iniciador, de duelista, cheguei a ser Sentinela durante a qualificatória aberta trazendo uma Sage. Exerço as funções com a maior vontade e dedicação”, garante.

Na série que selou a classificação para o VCTBR, o jogador enfrentou seu ex-companheiro dragonite, que agora defende as cores da Rise Gaming. A equipe bateu a Rise por 2-1, de virada, no primeiro grande teste da nova formação. O desempenho de krain não poderia ser melhor: 55/38/20 de KDA na série, MVP e a vaga garantida.

“Foi a primeira vez que joguei VALORANT com outras pessoas. A mudança me impactou bastante, me peguei um pouco acuado nos primeiros jogos da Qualificatória Aberta, não repetia as coisas que vinha fazendo no treino. Então acho que esses jogos me preparam para um time grande como a Rise, a confiança que meu time me deu foi fundamental”, afirma.

Para a partida de sábado (3) o adversário é a Gamelanders, reforçada com BELKY no lugar de JhoW e que deve buscar a revanche após ser eliminada pela Havan Liberty na Final Brasileira da Etapa 2. Para ele, confiança é a palavra da vez.

“O time melhorou bastante com a entrada do BELKY, ele deu um boost muito grande. A troca de um jogador renova o ânimo de um time. Tenho certeza que eles vão vir com tudo, assim como nós. Tivemos bons treinos contra eles. Confiança no que a gente fez até agora para chegar com tudo nesse jogo contra eles”, encerra.

Assista ao krain no VALORANT Challengers Brazil

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