CÂMERA ESPIÃ #13 - MAVERICK, DA SLICK

Entrevista com o mais novo Controlador da SLICK para a jornada rumo a Berlim

“Muita garra, vontade de vencer”, são essas palavras que podem definir Henrique "Maverick" Tozatto. Filho de dono de LAN House, ele deu seus primeiros passos com os jogos ainda muito cedo. O nick surgiu como uma alternativa ao antigo “MK” ou “Meio Kilo”, apelido que ganhou por ser muito magro quando criança.

Chegou a jogar Dota2 semi profissionalmente e CS:GO, onde ficou por mais tempo e se sentiu “estagnado” depois de seis anos no cenário. O lançamento de VALORANT trouxe o ânimo de volta para competir, já que Maverick planejava fazer faculdade e parar de jogar.

Logo no início do cenário, Maverick já começou a se destacar em times menores, como foi a Question Mark, equipe que deu trabalho para times grandes e despertou o interesse da Team oNe.

“A Team oNe me convidou após um destaque na Ignition Series pela Question Mark. Fiquei muito feliz porque eu admirava todos ali na T1, tinha vontade de jogar com aqueles caras”, lembra.

Como Golden Boy, o jogador chegou ao First Strike no fim de 2020. Na primeira LAN do VALORANT brasileiro, a Team oNe acabou derrotada pela B4 por 2-0 (13x7 e 13x0). Segundo ele, o nervosismo foi determinante naquela situação.

“Acho que faltou tudo (risos). Com certeza eles estavam mais bem preparados que nós. Acho que o fator psicológico atrapalhou, senti que a equipe estava nervosa naquele dia. Levo tudo como aprendizado, foi marcante, mas levo para poder evoluir”, garante.

Após o fim do First Strike e daquela line-up, a base formada por Maverick, cpx, Pryze e zap foi para a Vivo Keyd. Apesar da grande expectativa, a equipe não conseguiu a classificação para nenhuma Fase do VCT, tanto na Etapa 1 como na Etapa 2. Para ele, o elenco pensava de forma muito diferente.

“Aquela equipe tinha muitas divergências de ideias. Não que as pessoas estivessem erradas, mas a gente pensava muito diferente. Faltou estarmos mais na mesma página”, revela.

Mas foi justamente pelas experiências anteriores que Maverick foi para a SLICK, com a missão de substituir BLD. O técnico nck e Veroneze (companheiro na VK) convidaram o jogador, que não pensou duas vezes.

“Quando saímos da VK, a gente ficou um tempo com o nck, e eu sempre tentei ser um jogador versátil, ele sempre gostou do meu jogo. O convite veio dele e também do Veroneze. Eu estava jogando com a base que saiu da VK, mas o convite da SLICK era irrecusável, achei uma oferta muito interessante”, garante.

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Maverick ficou conhecido por ser um dos Controladores que mais apostaram no Brimstone, mesmo quando Omen parecia quase unanimidade no Brasil. Na SLICK, o Sova também vem sendo uma escolha constante. Para ele, o futuro do VALORANT não deve ter posições tão fixas como agora.

“Sempre achei o Brimstone um solo bomb melhor que o Omen, tinha mais maestria com ele, então optava por isso. O meta no Brasil ainda é muito sobre conforto. Hoje em dia isso está mudando muito, vai chegar o momento onde ninguém vai poder se definir como Duelista, Iniciador, etc. Todos vão ter que jogar com um pouco de tudo e quanto antes treinarmos isso, melhor”, finaliza.

A partida de estreia foi um baque e tanto. A estreia oficial da SLICK veio com um sonoro 13-4 para a FURIA na Bind. A derrota, porém, foi fundamental para o amadurecimento da equipe na sequência, como conta Maverick.

“Esse jogo foi determinante nesse nosso começo de time. Era uma estreia oficial, era meu primeiro jogo. Acho que eu e o time todo entramos acuados. Conseguimos extrair muita coisa dessa derrota, mudou bastante nossa cabeça”, afirmou.

Com pouco tempo para lamentar, o dia seguinte já teria confronto valendo a vida na Fase 1, e a resposta veio. Uma atuação espetacular de Maverick, que anotou 26/3/3 de KDA na Bind, a melhor atuação individual da Etapa 3 até aqui.

A motivação foi além da importância da partida. A dupla v1nny e pANcada, agora na Stars Horizon, fazia parte daquela B4 que eliminou a T1 de Maverick do First Strike.

“Era um jogo que valia a eliminação. Estava com muita vontade de ganhar essa partida, estava com a eliminação no First Strike entalada na garganta. Dei minha vida para ganhar essa partida. Mas o mérito é totalmente da equipe, as estatísticas individuais só refletem o trabalho da equipe”, confessa.

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Com a vitória, a SLICK se garantiu na decisão da repescagem no Domingo (11). A equipe aguarda o perdedor da partida entre FURIA e Team Vikings. Sobre o confronto, Maverick destacou a qualidade de ambos os times.

“Vai ser um jogo bem pegado. O leque de mapas das duas equipes é muito grande, pode aparecer de tudo. É o Top 3 do Brasil ali. Acho que vai dar FURIA pelo momento atual dos meninos, estão muito bem. Mas gostaria de enfrentar a Vikings, que é um time que nunca joguei contra, quero ver se são tudo isso mesmo”, brincou.

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