CÂMERA ESPIÃ #14 - JACOBIN, DA INGAMING
Passando informação e principalmente “se virar” são duas características dentro e fora de jogo que constroem Guilherme "jacobin" Jacob. O capitão da INGAMING vem dando um jeito de fazer as coisas funcionarem e não mira nada além do topo.
Ser independente acabou sendo um desafio ainda cedo na vida. Em 2018 sua mãe faleceu e ele precisou seguir seu caminho, ficando um tempo com um irmão e depois indo morar sozinho. Seu início no VALORANT se deu assim que o jogo foi lançado.
Na época ainda como programador, o estudante de Engenharia da Computação acabou comprando um computador e logo percebeu que evoluía rápido nas ranqueadas. Apesar de jogar em alto nível, ele só decidiu se jogar de cabeça no competitivo após chegar ao First Strike, em novembro de 2020.
“Decidi realmente investir quando fomos para o First Strike. Ficamos entre os oito melhores do Brasil, conseguimos eliminar a VK e a Falkol. Saí do emprego, tinha uma grana guardada e arrisquei. Era algo que eu queria muito”, afirma.
O primeiro grande torneio de VALORANT no Brasil não foi tão bom dentro do servidor. A pouca experiência da equipe falou mais alto e a INGAMING acabou derrotada pela Gamelanders por 2-0 (13x4 e 13x4). Segundo ele, era o máximo que a equipe poderia dar naquele momento.
“A GL estava muito forte naquele campeonato. Acho que em relação ao nosso time acho que já tínhamos tirado tudo que dava. Faltava muita coisa para irmos mais longe naquele momento. Naturalmente o time acabou mudando depois”, comenta.
A Etapa 1 do VCT não foi fácil para jacobin e a INGAMING. A equipe não conseguiu avançar em nenhuma das três qualificatórias abertas e trouxe CTC e magic para o elenco. Os dois jovens trouxeram o gás que faltava naquele momento. A equipe jogou as Fases 2 e 3 da segunda etapa e chegaram na Final Brasileira.
“A Etapa 1 acho que só não tivemos um desempenho bom. Foi a pior fase do time. Na Etapa 2 adicionamos as duas crianças (risos) do time e tivemos um crescimento muito bom. Apesar da idade são muito dedicados e escutam muito também”, garante.
Para a Etapa 3, uma nova mudança: delevingne livre no mercado chegou para substituir Pernalonga, o remanescente do FS juntamente com jacobin e ceegu1n. A contratação trouxe não só a empatia de um ex-capitão, mas também o leque de um dos jogadores mais versáteis do Brasil.
“Ele foi IGL na VORAX, então ele tomava algumas dores minhas aqui também. Ele já tinha passado por coisas parecidas. Ele era um cara que já ganhou coisas no Brasil, tinha bagagem. Fora a versatilidade dele, é um cara que faz Duelista mas também faz Iniciador e até Sentinela”, afirma.
Ainda sobre versatilidade, jacobin falou sobre estar sempre procurando variar os agentes em rankeds e testando coisas novas. Embora tenha ficado conhecido pelo “JacoBreach”, ele revela algumas adaptações para outros agentes.
“O Breach combina com meu estilo de dar calls, dominar espaços e também para quebrar ritmos, fazer batidas. Quando fui para Viper, tive um pouco dificuldades em conciliar a função de IGL com a de Controlador, mas foi algo que aprendemos e nos viramos bem. Muitas vezes nem preciso falar nada e o próprio time já puxa uma jogada que eu chamaria, ajuda demais”, garante.
A equipe veio mais competitiva e quase avançou para a Fase 1 do VCTBR. O adversário final na Qualificatória Aberta foi a Stars Horizon, que bateu a INGAMING por 2-0. Sobre a derrota, ele acredita que perderam o jogo taticamente e também emocionalmente.
“Acho que na Bind rolou um anti-tático deles. Acredito que assistiram à nossa Bind na rodada anterior e estavam muito prontos para o nosso jogo. Mas sem tirar o mérito da Stars Horizon, acho que eles vêm bem encaixados tirar mapas de alguém do Top 4. No segundo mapa foi mais afobação, bateu um pouco o nervosismo e não conseguimos o comeback”, relembra.
Tudo mudou nesta Fase 2. Agora um pouco mais cascuda, a equipe veio invicta da Qualificatória Aberta e garantiu a vaga sem passar por grandes sustos. A diferença da postura, porém, teve fatores externos: agora a equipe está unida em um Office, na capital paulista.
“Até então tinha sido tudo 100% online desde o First Strike. Assim que acabou a primeira Qualificatória eu peguei um voo para São Paulo. É outro jeito de viver o jogo. Conversamos de VALORANT o dia inteiro. É uma abordagem completamente diferente”, crava.
O adversário do sábado (17), por ironia do destino, é a Gamelanders, a única equipe que jacobin enfrentou em LAN e que o eliminou no First Strike em 2020. O jogador descarta comparações com o passado e garante que são momentos diferentes, mas espera um time extremamente focado no fim de semana.
“Eles cresceram bastante com a adição do BELKY. Começaram a ser um time mais tático, aproveitar mais os rounds. Acho um time muito melhor em relação ao First Strike. Para nós é a mesma coisa, outras pessoas, outro momento. Estamos numa vibe muito boa, temos chance de ganhar, vamos entrar conscientes na partida”, afirma.
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