Ir à lista de artigos
19/02/21Esports

Câmera Espiã #4 - dragonite, da VORAX

Compartilhar:

Segurança, estabilidade e constância. Características que facilmente poderiam descrever o Cypher, mas as habilidades do seu agente se confundem com o perfil de Matheus "dragonite" Matos, da VORAX. Um dos nomes mais conhecidos do VALORANT brasileiro, o sentinela falou sobre o tempo de time, as mudanças em 2021 e o momento da VRX no VALORANT Challengers Brazil.

Juntos desde a Bottom Fraggers, a lineup da VORAX tem no trio dragonite, v1xen e delevigne uma parceria que apesar de recente, já é uma das mais duradouras no jovem cenário. A respeito disso, ele acredita que o tempo juntos só fortalece a base da equipe.

“O v1xen é o único jogador que eu conheci diretamente no VALORANT, mas esse tempo todo juntos nos ajuda principalmente a passar por momentos ruins, derrotas que abalaram mais. Quando se tem essa convivência e amizade, é bem mais fácil superar. Além disso, o entrosamento diário é uma grande vantagem, você já sabe como o outro joga”, completou.

O time foi um dos grandes destaques de 2020, sendo considerado por muitos o segundo melhor time do país, atrás apenas da Gamelanders. No fim do ano, a maior decepção para os jogadores: Por conta de dois casos de COVID-19, a equipe não conseguiu disputar as finais presenciais do First Strike. Sobre o momento delicado, dragonite lembra que serviu de combustível.

“Psicologicamente, abalou com certeza, estávamos muito animados. Eu nunca imaginava que estaria nesse nível nos esports, então encaramos como uma grande chance. Foi um choque (a notícia que não íamos jogar), nos reunimos e falamos que só restavam dois caminhos: lamentar ou usar a frustração de combustível”, lembrou.

Na atual temporada, muito se comenta sobre uma possível queda de produção da VORAX. Na visão de dragonite, as mudanças grandes no início do ano e principalmente a melhora do cenário em geral foram as responsáveis por causar essa sensação.

“Acho difícil dizer se caímos mesmo de produção. É claro que no início do ano tivemos dificuldade e trocas de posições, insistimos e não deu muito certo. Mas acho que a competição naturalmente vai evoluir, o cenário como um todo está evoluindo, e isso é muito bom para a competição”, frisou.

A mudança mais significativa no time, no entanto, foi a vinda de todo o elenco para o Office da VORAX, em São Paulo (SP). Questionado sobre seu desempenho individual, que claramente teve uma melhora, ele atribui a concentração do novo espaço de trabalho.

“Depois que eu vim para o Office, consegui subir muito meu jogo. Consegui focar bem mais, ter melhores equipamentos, mais concentração. Meu objetivo é ser constante, o mais constante do Brasil. Não ligo muito para números, acho que é uma consequência do esforço, mas com certeza evoluí”, admitiu.

Se dragonite consegue ser um Sentinela cada vez mais seguro, é em delevigne que a VRX aposta para dar versatilidade e experimentar novas variações nas composições. Perguntado sobre o dinamismo do parceiro de time, ele ressaltou o altruísmo.

“Ele é um cara que gosta de deixar o time confortável, ele tem essa característica de ser um jogador que olha mais para o time que para si mesmo. O v1xen e fzkk por exemplo, são muito bons nas funções deles, então deixamos os outros para variar um pouco mais. Além da habilidade individual, ele está sempre disposto a tentar coisas novas”, afirmou.

A equipe que acabou caindo na repescagem na Fase 1, voltou a vencer nas Qualificatórias Abertas e retornou mais forte para a Fase 2. Na partida de estreia, uma vitória contra a Team Vikings na Bind, mapa que tem virado a casa da VORAX nos últimos meses.

“Bind é um mapa que sempre gostamos, nunca corremos dele. Contra a VKS não foi diferente, estudamos o jogo deles, analisamos alguns padrões. Nossa defesa estava muito fechadinha, a teamplay encaixou muito bem. Conseguimos muitos duelos de mira e passar pelo gtn, que estava muito bem contra a gente”, lembrou.

Eles agora reencontram a SLICK, a verdadeira pedra no sapato, já que ambas se enfrentaram quatro vezes em 2021, com três vitórias para a equipe de hastad. Mesmo assim, dragonite diz que a equipe costuma manter o foco no próprio jogo e não leva o clima de vingança.

“A única coisa que incomoda é enfrentar o mesmo time pela quinta vez, fica um pouco massante. Mas engasgados, acho que não. Sempre conversamos após as derrotas para resetar o psicológico, mas sempre tentamos manter nosso ritmo independente do time”, garantiu.

A equipe que sem dúvida está entre as mais constantes do Brasil ainda tem espaço para crescer e se consolidar. Na visão dele, a chave para a colocar a VORAX na primeira prateleira do Brasil passa pelas análises individuais.

“Talvez ter um pouco mais de disciplina tática fora do jogo. Coletivamente já fazemos isso, mas assistir um VOD individual, desenvolver a própria gameplay, analisar mais outros jogadores que fazem nosso próprio papel, essas coisas são fundamentais e ampliam sua visão sobre o jogo”, reconheceu.

O grande sonho, é claro, vai muito além de vencer o VCTBR. Para dragonite, só o mundo interessa. Além disso, ele quer ser reconhecido não só como um jogador que faz muito para seu time, mas também pela comunidade do VALORANT.

“Meu sonho é ser campeão mundial e nada vai me tirar isso da cabeça, todos nós temos. Quero ser visto como o jogador mais constante do mundo, que não deixa o time na mão mesmo em um dia ruim. Quero ser lembrado como um jogador sério, profissional, mas que está disposto a ajudar a comunidade, os novos jogadores, tudo que estiver ao meu alcance”, finalizou.

Assista ao dragonite no VALORANT Champions Brazil

https://www.twitch.tv/valorant_br

https://www.youtube.com//VALORANTbr

Acompanhe também no nosso canal de Esports

Clique aqui para saber todos os detalhes de tabela, escalações e confrontos da segunda fase.


Tags:

Estamosesperando

Conteúdo relacionado