PAUSA TÁTICA #02 - COMO JOGAM OS ADVERSÁRIOS DE SHARKS E VIKINGS?
Com os adversários definidos para a estreia dos brasileiros, muita gente se pergunta: qual o nível das equipes estrangeiras? Apesar do hype, é a primeira vez que times de diferentes continentes vão provar seu valor em LAN, no VALORANT Masters de Reykjavík, na Islândia.
A Sharks fará sua estreia na segunda-feira (24) diante da NUTURN Gaming da Coreia do Sul, às 17h. Na terça-feira (25), a Team Vikings e a X10, da Tailândia, medem forças para ver quem avança na competição. Para conhecer um pouco mais dos rivais dos brasileiros, convidamos o técnico da FURIA, Carlos “Carlão”, e o analista do VCT, Guilherme “spacca”, para falar sobre as equipes.
Atenção máxima no representante coreano - NUTURN Gaming
A NUTURN promete ser uma pedra no caminho (e no sapato) do Brasil. Os campeões da Coreia do Sul desbancaram a favorita Vision Strikers e chegam ao Masters com um elenco experiente e uma gameplay consistente para enfrentar os Tubarões. A equipe foi formada em janeiro deste ano, mas em pouco tempo saltou para o topo do cenário coreano.
Na final do Master Regional, ainda na Etapa 1, a equipe caiu na final para a Vision Strikers, por 3-2, em uma final que mostrou que a equipe poderia desbancar os favoritos em algum momento. Nas finais da Etapa 2, a equipe passou simplesmente invicta. Jogaram 10 mapas entre Fase de Grupos e Playoffs e conquistaram a taça sem perder nenhum. Um grande domínio.
Sobre o estilo dos coreanos, Spacca considera a experiência da equipe um fator determinante. Para ele, Kang "solo” lidera um time muito bom e que promete desafiar demais os tubarões.
“A NUTURN tem um estilo de jogo rápido, de tentar pegar abates muito rápido. O solo é um jogador extremamente experiente e é praticamente um main Breach, traz em todos os mapas. O peri é outro bem experiente. Todo mundo sabe jogar muito bem ali, a Sharks deve ter dificuldades, a NUTURN vai levar a Sharks a jogar no seu limite”, disse.
Na visão de Carlão, o jogo extremamente reativo e o domínio dos espaços são as principais virtudes dos coreanos.
“Sou fã da NUTURN. Gosto demais do conceito deles, eles têm muita jogada organizada com Breach e Jett para domínio de mapa. O Suggest e allow tem uma sinergia muito grande e o solo traz uma experiência importantíssima. Tudo que acontece no mapa tem uma reação imediata. Uma torreta da Killjoy já é respondida com uma bang, por exemplo”, explicou.
Apesar da dificuldade, Carlão aposta no estilo brasileiro para bater a NUTURN. Segundo ele, o jogo mais rápido praticado aqui no Brasil, principalmente pela Sharks, pode surpreender os adversários, acostumados a uma gameplay um pouco mais cadenciada.
“Eu acho que vai ser um jogo 50/50. Se a Sharks acelerar bastante o jogo, vai surpreender eles com esse estilo, já que estão acostumados com um estilo mais lento. Acredito que vai ser um dos jogos mais pegados do Masters, porque a NUTURN também é uma das favoritas ao título. Vai ser um jogão”, finalizou.
A surpresa que vem da Tailândia - X10 Esports
No Sudeste Asiático, uma equipe foi dominante e chega com moral para o Masters. A X10 disputou as três finais do Challengers da Etapa 1 e venceu duas. No Masters Regional, venceu também com autoridade. Na Etapa 2, Patiphan “Patiphan” entrou na equipe e assumiu o protagonismo, levando a equipe a conquista do primeiro Challengers e das Finais do Sudeste Asiático.
Apesar de dominar sua região com uma Ascent praticamente imbatível, os Tailandeses vão precisar de muito mais que isso para enfrentar os brasileiros na estreia. Carlão não se diz muito fã do desempenho da equipe e alerta para as brechas no domínio de mapa, ponto fundamental e que deve ser bem explorado por Saadhak e cia.
“Não sou um grande fã do jogo deles. O Patiphan é um jogador que se destaca muito, a VKS precisa ficar de olho nele, mas acredito que passem bem. Vejo que o time deles não é tão dominante no mapa, eles têm muita dificuldade principalmente na finalização dos rounds, que é uma coisa que a Vikings pune demais”, afirmou.
Para Spacca, os tailandeses possuem boa organização, mas pecam um pouco na questão tática. Apesar de apostar em uma vitória tranquila por parte da Team Vikings, o analista aponta para o iniciador Thanamethk "Crws", que junto com o poder de fogo de Patiphan, precisam ficar no radar da VKS.
“A X10 é um time bom, bem organizadinho. Não tem um repertório tático tão grande e nem uma mira afiada, mas tem alguns pontos interessantes. O Crws é um iniciador que joga com uma Skye de um jeito muito diferente. Ele não utiliza o pássaro como forma de pegar informação e sim como uma jogada de entrada, assim como o Phoenix com a Bola Curva. Outro destaque para mim é o Patiphan, um duelista que consegue ganhar muito espaço e tem muita maestria com a Jett”, alertou.
Acompanhe o Masters de Reykjavík
Para ver esses confrontos na prática, acompanhe todas as partidas do VALORANT Masters a partir da próxima segunda-feira (24). Todas as partidas até sexta-feira (28) começarão às 12h. No sábado (29) e domingo (30), a transmissão começa às 14h. Todas as partidas serão transmitidas em português nos nossos canais oficiais abaixo:Twitch // Youtube // Nimo TV
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